29 maio, 2015

Para um pequeno talvez

Toma uma xícara de chá. Para.
Espera que apareça uma oportunidade para um bom caminho. Continua. 
E se tiver? Talvez não consiga segui-lo. Mais uma xícara. Ou duas. Acha que alguém vai notar todos os desenhos nos bloquinhos alheios e ela cantarolando noite e dia. Mas se notam não faz muita diferença.
Fala, fala, fala, mas se ouvem, não entendem.
Mais um dia lendo e compartilhando com a parede o que achou do livro, e também da vida e o que ela é, e todas essas questões e emoções que os humanos tem. Sobre amigos e esperança e sobre querer que a vejam como realmente é. Pula uma linha.
Parágrafo. Tem medo que o azar a alcance de novo e não consiga mostrar para o mundo o que tem pra mostrar. Que não de tempo. Ou que ele não escute mesmo.
Mais um pesadelo. Acordar a mãe no meio da noite.
Senta no chão de uma livraria e faz mais uma lista para adicionar a pilha. Precisa fazer aquilo e isso, mas tudo sempre depende daquilo outro. Então empaca.
Outra xícara de chá. Mais uma lágrima. Jorra animação e amor nas pessoas por que precisa disso em retorno. Enxuga as lágrimas.  Canta alto. Depois baixo pra ninguém dar bronca. Conta uma piada bem baixinho, por que tem medo que se conte alto, ninguém irá rir.
Pensa que o banheiro esta ficando pequeno demais para sua performances da Broadway. Precisa sair dele.
Outro xícara. Ou três. Mas precisa mesmo sair. Outro livro. Mas queria mesmo sair. Uma última oração. Só queria que alguém abrisse a porta.

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